segunda-feira, setembro 04, 2006

poesia da ausência


ausente de mim mesma por algum tempo!!
para tentar me entender com a minha presença.
não sei se uma procura ou um encaixe.
para tentar entender o que eu também não entendo.
eu em mim,eu comigo,eu assim.
enter isso que todo mundo fala,de que "a vida é leve".
entender esse meu espírito descoordenado embora muitas vezes demasiado coordenado.
aceitar que sim,eu tenho participação no crime!
..sacudir a coberta,limpar as arestas,encontrar o caminho e caminhar entre as possibilidades.
deixar a alma ensopada secar ao sol.talvez no varal de alguém.
amadurecer o sorriso,apertar o abraço,soltar as tranças.
recolho-me.
da volta eu não sei.talvez volte melancia,princesa,sapo,cogumelo ou borboleta.
dormir um sono de perguiça,ocasional.
ter o pensamento que não pensa.não tentar entender as almas.
e me deliciar com as lembranças das almas que ja vi... através dos olhos de quem deixou mostrar-se.e dos sorrisos..ah,os sorrisos!
não me perguntar o que o vento arrastou,o que ele trouxe ou qualquer tolice ou mistério indecifrável.
levar o chinelo para a sala de estar,dar uma geral,estrear uma camisola.
eu achava que me sabia de cor,por instinto ou por intuição.
..eu não me sei.ninguém se sabe.
e cabe somente aos meus ouvidos entender o quanto é bonito o som,aos meus olhos enxergar além do horizonte,às minhas pernas levar-me ao que me dá energia e me fortalece.cabe à minha pele sentir com prazer,aos meus cabelos ondular-se com o vento,às minhas mãos tocar tudo com curioso fervor.cabe ao meu cérebro distinguir e compreender tudo isso.
mas,principalmente,cabe ao meu coração,escolher quem vai junto comigo nessa..
..recolho-me.

Um comentário:

www.nadialopes.blogger.com.br disse...

e a gente teima em se saber de cor, inutilmente...no meio de uma segunda ensolarada, duma quinta de lua cheia, lá estamos nós, noutro formato...e plenos...ensopar a alma sendo, é tudo que se precisa ser!
beijo- te cuida